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Vamos ao Básico. E agora José? Qual os riscos do DeFi? #10

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@nascimentoab
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Quando se está em frente a uma muralha desconhecida, você tem duas opções, voltar ou escalar. Se decide pela última, poderá encontrar de tudo do outro lado.

Durante sua escalada para superar a muralha poderá encontrar vários problemas. Ferramentas que aparentemente interessantes podem quebrar durante o caminho. Você pode cair. Ou ter que contar com o apoio de um amigo ou amiga durante a escalada. Trocar de equipamento, ter que desenvolver algumas coisas. Afinal é uma aventura. Quando mais pessoas fizeram essa aventura. E deixarem informações a respeito, fica mais fácil você superar o desafio e a ajudar outras pessoas nessa escalada. Afinal, do outro lado da muralha pode ter uma enorme fonte de água limpa. E quem se atreve a fazer parte do grupo que chegar primeiro, beberá da água limpa.

O mundo DeFi é similar a uma aventura. É um universo totalmente disruptivo em que é preciso estudar para evitar perdas. É muito importante acompanhar pessoas que tem conhecimento nesse mundo para que possa correr riscos calculados onde é possível mitigar a falência e se possível evitá-la.

No mundo DeFi, sem que você tenha conhecimento sobre o que é Gerenciamento de Risco, recomendo que não “mergulhe de cabeça”. A fonte pode estar com pouca água e você poderá se machucar feio.

O principal risco no DeFi é uma falha no contrato inteligente, falha no código. Um contrato inteligente malfeito, com um “bug” inserido de maneira propositada ou não, em que pode ser explorada a falha e um hacker levar todos os tokens, todo o fundo investido. Todo o seu dinheiro. E nesse caso, lembre-se: Não tem 0800. Não tem suporte a usuário. Nada disso. Quando você se expõe a um serviço DeFi, deve fazê-lo de forma bastante consciente. Não poderá culpar nenhuma pessoa que não você mesmo.

Existem vários tipos diferentes de hacks e exploits no mundo DeFi. O que você precisa fazer é tentar mitigar e evitar ser afetado por esses tipos de problemas. A maioria das informações encontram se em inglês. Logo, recomendo que siga pessoas diretamente ligadas ao DeFi (Desenvolvedores de projetos, programadores, embaixadores e outros) que tenham conhecimento aprofundado no assunto.

No Brasil temos o Caio Vicentino que tem um canal no YouTube chamado Caio Investe. Tem o meu canal, onde falo sobre o assunto blockchain também.

Não vou abordar todos os ataques, até porque a cada hora aparece um novo. Lembrando que DeFi seria semelhante a algo que podemos chamar de “internet do dinheiro”, logo é um lugar onde os hackers estão estudando o tempo todo, sobre como roubar uma piscina de liquedez (liquidy pool). E uma vez que encontram uma falha no código, vão explorar a falha certamente.

O que acontece de excelente no DeFi é que a cada falha, o ambiente fica melhor. Usando o conceito de Nassin Taleb, o ambiente de DeFi é antifragil. A cada vulnerabilidade explorada, se estuda e aquela vulnerabilidade além de ser evitada, passará a compor os métodos de auditoria do código para se evitar que seja explorado novamente.

O assunto sobre os tipos de ataques vai requer um conhecimento mais avançado que vou abordar em outro momento.

Por hora, o que recomendo:

  • Não entre em nenhum projeto apenas pelos rendimentos, pelos ganhos. E se decidir entrar, entre com valor baixo, um valor que se você perder não trará impactos a suas finanças.

  • Busque estudar o projeto.
    Pergunte para os Youtubers em Live, em comentários, em grupo de Telegram. Pesquise sobre o assunto.

  • Veja se tem comunidade ativa no Discord. Verifique se existe alguma forma de conversar com os desenvolvedores do projeto através do Discord, Telegram, Reddit. Um projeto em que não é possível nem saber quem está desenvolvendo é risco puro.

  • Converse com pessoas da própria comunidade. Converse com a própria comunidade do projeto, busque saber quem são, quem está usando.

  • Se o projeto for baseado em um protocolo conhecido, busque a comunidade do protocolo para saber se eles têm conhecimento do projeto. Se quem desenvolve o protocolo, não conhece o projeto “novo” que fará uso do protocolo, nunca ouviu falar, não tem nenhuma informação. Ou se tem informação, não pretende usar, pense a respeito.

  • Não entre de cara, por mais que pareça ser ótimo, cuidado com o FOMO. FOMO – Fear Of Missing Out… Ou medo de estar pendendo algo. É o estúpido medo de achar que está perdendo o que não ganhou. Ou de estar perdendo a onda. Algo como “Tá todo mundo ganhando e eu não”. Se entrar com esse sentimento, é bem provável que você vai agir com alto índice de emoção e racional baixíssimo. E quando perder vai agir com o “fígado”, jogando ainda mais para o lado, o racional. A decepção pode ser muito grande e levar você a um processo depressivo. NÃO ENTRE NO FOMO. Não sabe o que está fazendo: Não faça nada. Não fazer nada é fazer algo.

  • Espere alguns meses e vai se sentir confortável de investir uma pequena parte do seu capital. Investe um pouquinho. É o famoso “coloque o pé na água”... E vai acompanhando o projeto. Coloque pouco dinheiro, veja o retorno. Pense em retirar o valor que colocou como investimento, senão está se sentindo muito confiante. E uma vez que retirou o seu investimento, poderá ficar só com o “dinheiro da banca”. Pensando assim, isso vai retirar um pouco do seu medo. E quando achar que já tem um ganho razoável retire uma parte de seu lucro. Como diz Rodrigo Mirando do Canal Universidade do Bitcoin: “Lucro bom é lucro no bolso”.

  • Sempre foque em sobreviver ao mercado e nunca se expor a ruína. Mergulhar de cabeça em qualquer projeto, só porque alguém falou ou porque está “todo mundo entrando”, não é a melhor maneira de se expor a um projeto. DYOR (“Do Your Own Research”), ou seja, faça sua própria pesquisa. O que é bom para um, pode não ser bom para o outro. Principalmente porque a análise de risco para cada um segue o perfil de cada um. Pense a respeito.

  • Não se apaixone por nenhum projeto. Se você é daquelas pessoas que se apaixonam facilmente, é bem provável que vai sair com bandeirinha do projeto atirando “pedras” em quem fala mal. Ou vai pegar uma “moeda” e sair falando feito louco: É a “nova bitcoin”. Sem nem olhar a quantidade de tokens que será produzido, ou se tem produção ilimitada, sem fazer nenhuma análise referente ao possível Market Cap que o token pode alcançar. Apenas para se ter uma ideia: A moeda SHIBA INU terá produção de 394.796.000.000.000 SHIB, ou seja, 394 trilhões de tokens. Se esse token chegar a USD 1,00 (um dólar). O Market Cap da SHIBA INU chegará a 394 trilhões de dólares. Vamos fazer uma analogia simplista: Se o mercado todo de cripto somam 1,6 trilhões de dólares. Qual a possibilidade dessa moeda chegar a $1,00? E em quanto tempo? Entre e saia de qualquer projeto sem nenhum remorso, sem sentimento algum. É apenas negócio. Se está bom e rendendo: fique. Se já deu o seu valor esperado de lucro: saia. É simples assim. Nada de torcida. Você torce para algum time de futebol, fique com isso. Já basta.

Considerando que tenha feito todos os itens acima e ainda tenha desenvolvidos os seus próprios meios de aferir sua segurança: O tempo e A volatilidade farão o resto. Sucesso!

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